Universidades mineiras começam a dar sinais de descrédito e desconfiança com relação ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A Federal de São João del-Rei (UFSJ) publicou nota orientando todos os candidatos ao seu vestibular a fazerem as provas de conhecimentos gerais, mesmo que, no momento da inscrição, tenham optado pela substituição do teste pelo Enem. A decisão foi motivada pelos erros e falhas na aplicação do exame nacional no início do mês e, segundo a reitoria da UFSJ, é uma precaução “caso o Enem venha a ser cancelado ou suspenso”. Na quarta-feira, mais um episódio manchou a credibilidade da prova: a Polícia Federal (PF) confirmou que houve vazamento do tema da redação, na Bahia, e duas pessoas foram indiciadas pelo crime.
Na Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), o clima também é de desconfiança. A instituição já praticamente descartou o uso da nota do Enem, devido à incompatibilidade de calendários. A UFTM informou que só consideraria o resultado do exame, se o MEC divulgasse o número de acertos das provas objetivas do Enem até 20 de dezembro. Mas o ministério deve soltar o resultado apenas na primeira quinzena de janeiro. Na UFTM, o vestibular está mantido para 5 de dezembro (primeira etapa) e 8 de janeiro (segunda etapa). As demais universidades aguardam o posicionamento do MEC e, por enquanto, mantêm o Enem em seus vestibulares.
